Biodiversidade: a teia da vida.
Tenho andado muito ocupado com provas finais das universidades e com o trabalho de conclusão de curso para as mesmas, por tais motivos que "abandonei" esse espaço virtual que vos escrevo.
No entanto, não posso deixar de comentar brevemente o discurso de nosso guia afirmando que vai desafiar os países desenvolvidos a adotar metas mais rígidas para redução do lançamento de gases estufas na atmosfera.
1- A meta brasileira de redução entre 36,1% a 38,9% do lançamento dos gases estufas para 2020 é baseada somente em projeções para o referido ano, logo o Brasil não irá reduzir suas emissões.
2- Os principais biomas nacionais estão a beira do colapso: a Mata Atlântica é a floresta tropical mais ameaçada do planeta; o Cerrado e o Pantanal brasileiro são devastados pela cana, soja e pasto; apesar do desmatamento da Amazonia ter apresentado queda, ele continua a níveis insustentáveis; os Pampas já perderam maior parte de sua biodiversidade e vegetação e, enfim, a Caatinga corre sério risco de desertificação.
3- Não há qualquer planejamento urbano nas grandes cidades brasileiras, o que, de fato, aumenta o impacto das atividades antrópicas no meio.
4- O modelo de transporte público é pífio, aumentando a necessidade de uso de carro e, consequentemente, o lançamento de gases estufa na atmosfera.
5- Nossa economia é extremamente dependente da venda de carros, o que diminui nossa margem de manobra para a busca do desenvolvimento sustentável.
6- Se por um lado a cana de açucar, matéria prima para o etanol, absorve pequenas quantidades de gases estufa, por outro lado, ela é responsável por grande parte do desmatamento dos biomas brasileiros, o que aumenta as emissões de carbono e gera perda da biodiversidade.
7- Nossas unidades de conservação estão ao léu, salvo pouquíssimas excessões.
Essas são poucas considerações sobre a questão, porém, são suficientes para demonstrar que o discurso ambiental de nosso guia é mais uma de suas falácias, dessa vez para inglês ver (ouvir).
obs1: Votei no Lula em 2002 e 2006 e ele, verdadeiramente, promoveu mudanças em nosso país. Contudo, no que tange à ética e à questão ambiental, temos que torcer para que o Brasil e o Lula não sirvam de modelo para ninguém.
obs2: Marina 2010 !
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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